O ano de 2025 foi marcado por altas históricas no mercado de ouro, com investidores ao redor do mundo acompanhando de perto cada variação de preço. Com a cotação ultrapassando patamares nunca vistos, muitos se perguntam se agora é o momento ideal para incluir o ouro em seus portfólios e como navegar por tanta volatilidade.
Ao longo de 2025, o ouro registrou um dos melhores desempenhos anuais desde 1979. Em outubro, o metal precioso superou US$ 4.100 por onça-troy pela primeira vez, alcançando picos de US$ 4.132. Essa valorização de mais de 50% no ano foi impulsionada por tensões geopolíticas entre EUA e China e pelo medo de ficar de fora (FOMO) de investidores em busca de proteção.
No primeiro semestre, o dólar perdeu força diante de expectativas de cortes de juros pelo Fed, resultando em alta acumulada de 15,18% até março. Até setembro, o ouro havia registrado valorização de 47,19%, liderando entre todos os ativos, enquanto o dólar caía 14,11% e small caps subiam apenas 27,31%. Essa trajetória atraiu bancos centrais – como o da China – e fundos institucionais para reforçar reservas.
Com o mercado aquecido, diversificar a forma de investir em ouro se tornou fundamental. Cada modalidade apresenta vantagens e desafios, e a escolha deve considerar seu perfil de risco e objetivos de longo prazo.
Para equilibrar proteção contra inflação e diversificação, recomenda-se reservar entre 5% e 15% do seu portfólio em ouro. Dessa forma, você preserva parte do patrimônio em momentos de crise sem comprometer o crescimento de outros ativos.
Quem está começando pode privilegiar os ETFs de baixo custo ou plataformas digitais, evitando taxas elevadas e complicações logísticas. Investidores mais experientes podem combinar ouro físico, ETFs e ações de mineradoras para obter exposição mista.
Apesar de ser considerado um ativo seguro, o ouro não está imune a oscilações. Oscilações de curto prazo podem chegar a 6% em um único mês, em função de especulações em futuros e análises econômicas.
É crucial evitar decisões impulsivas motivadas pelo FOMO de investidores e lembrar que o histórico de alta não garante valorização eterna. Utilize ordens limitadas quando operar em bolsas e revise periodicamente sua alocação para ajustar a exposição.
O contexto de 2025 reforçou o papel do ouro como porto seguro em momentos de incerteza. Com recordes de preço e alta procura institucional, o metal oferece uma proteção única contra inflação e tensões globais.
Para quem deseja aproveitar essas oportunidades, comece definindo sua meta de alocação, escolha a modalidade de investimento que melhor se encaixa no seu perfil e acompanhe o cenário econômico. Com disciplina e visão de longo prazo, o ouro pode ser um pilar sólido para o seu portfólio.
Referências