Em um cenário financeiro em rápida evolução, a união entre crédito e tecnologia redefine possibilidades e democratiza o acesso ao dinheiro.
O sistema de crédito bancário brasileiro atingiu, em fevereiro de 2025, um total de R$ 6,487 trilhões, refletindo um crescimento de 0,4% em apenas um mês.
O crédito ao consumo também se destacou, alcançando R$ 4,251,8 trilhões em setembro de 2025, superando recordes anteriores. Já o crédito ao setor privado somava R$ 6,913,9 trilhões em outubro do mesmo ano.
Apesar de uma taxa ativa média de 58% ao ano em setembro de 2025, o uso intensivo de soluções tecnológicas tem sido essencial para conter custos, otimizar processos e garantir eficiência nas operações de crédito.
A implementação de ferramentas digitais, inteligência artificial e automação tem sido o motor por trás das mudanças que o setor bancário vive hoje.
O orçamento de tecnologia dos bancos no Brasil cresceu 97% entre 2018 e 2023, quase o triplo da média global, e passou a incorporar inteligência artificial generativa em mais de 80% das instituições.
Com isso, as transações digitais já representam mais de 80% de todas as operações bancárias, comparado a 54% em 2014, segundo o Banco Central.
As principais prioridades tecnológicas dos bancos envolvem:
Além disso, o lançamento do DREX em 2025 sinaliza a próxima fronteira, com potencial de promover tokenização de ativos, integrar o ecossistema DeFi e ampliar a acessibilidade às operações financeiras.
O mercado de pagamentos digitais no Brasil foi estimado em US$ 10,65 bilhões em 2024 e deve crescer a uma CAGR de 30,5% entre 2025 e 2033.
O Pix, já consolidado como a principal forma de transação digital, deve responder por 44% dos pagamentos online em 2025, superando cartões de crédito.
Em fevereiro de 2025, 76,4% da população utilizava o Pix, e mais de 15 milhões de empresas já adotavam essa ferramenta, proporcionando acesso ao dinheiro em tempo real a indivíduos e organizações.
No e-commerce, a distribuição dos meios de pagamento evidencia a força do Pix frente aos demais:
Esse ambiente abre caminho para soluções de crédito embutido, como BNPL, antecipações salariais e parcelamentos instantâneos dentro do próprio Pix.
O Brasil figura entre os maiores ecossistemas de fintechs do mundo, com líderes como Nubank, C6 Bank e Banco Inter, que oferecem jornadas 100% digitais e tarifas reduzidas.
Essas empresas atuam em diversos segmentos, incluindo:
Segundo pesquisas, 70% dos brasileiros destacam a facilidade de acesso ao crédito como principal vantagem das fintechs, associada à redução de tarifas e maior democratização de serviços financeiros.
Historicamente, as pequenas e médias empresas enfrentaram processos burocráticos e exigências de garantia que tornavam o crédito inacessível ou caro.
Hoje, a automação, IA e APIs abertas permitem que análises de risco antes demoradas sejam realizadas em segundos, considerando histórico financeiro, comportamento transacional e dados alternativos.
As APIs conectam bancos, ERPs e marketplaces, integrando o crédito ao ciclo de vendas e gestão de estoque. Ferramentas de factoring embutido e limites de compra dinâmicos são exemplos de soluções que surgem desse ecossistema.
Empresas como a CashU utilizam modelos preditivos baseados em redes neurais, analisando mais de 1.500 tipos de dados e prometendo ser 10x mais eficientes na oferta de crédito hiperpersonalizado em tempo real aos seus parceiros.
A inteligência artificial se faz presente em chatbots de atendimento, assistentes virtuais e modelos preditivos para oferta de crédito, tornando a jornada do cliente mais fluida e assertiva.
A análise de risco em tempo real, combinada com big data, possibilita ainda a oferta de linhas de crédito alinhadas a critérios ESG, estimulando práticas responsáveis e sustentáveis.
O Open Finance e as APIs abertas facilitam a integração entre instituições financeiras, fintechs, ERPs e plataformas de marketplace, criando um ambiente em que o crédito pode ser oferecido de maneira contextualizada e sem fricções.
O mercado de banca minorista brasileiro deve crescer de US$ 146,6 bilhões em 2025 para US$ 217 bilhões em 2030, a um CAGR de 8,17%. No segmento de cartões de crédito, a projeção é de 12,1% de CAGR, impulsionada por programas de recompensas e integração com soluções BNPL.
A funcionalidade de parcelamento no Pix, prevista para o fim de 2025, deve remodelar o mercado ao reduzir a dependência de saldos rotativos de cartão, forçando emissores a inovar em benefícios, gestão dinâmica de limites e fidelização.
Em um cenário onde cada vez mais pessoas e empresas têm acesso imediato a recursos financeiros, a tecnologia se apresenta não apenas como um facilitador, mas como um verdadeiro agente de transformação social e econômica.
Para profissionais, empreendedores ou cidadãos interessados, a recomendação é acompanhar de perto as tendências de IA, Open Finance e moedas digitais, buscando parcerias estratégicas e adotando soluções que fortaleçam a eficiência operacional e a inclusão financeira.
Assim, ao abraçar essa revolução, você pode não apenas acessar o crédito de forma mais fácil e rápida, mas também contribuir para um sistema financeiro mais justo, ágil e sustentável.
Referências